Minha identidade não tem carácter temporário, mas sementes de eternidade! (Moysés Azevedo)
Alguém a quem muito estimo escreveu: 'se vires a mim, vagando por aí, peça para eu voltar, diga que estou esperando.'
Como é bom saber que se de mim eu me perder, tenho para onde voltar, tenho raiz, e melhor ainda terei alguém a me mostrar onde eu vou estar. Em cada retorno: um rabisco, uma inspiração, um poema, uma canção... folhas, flores ou frutos, que surge ao querer da estação...
A ela me disponho! Com ela eu vou! Nas raízes da alma, a verdade de quem sou!

Outro

Outros... Sempre outros...
Outros sonhos hão de vir
E os medos de hoje aqui
Serão outros...

Outros... Tantos outros...
Outros dias hão de vir
E os céus hoje sobre mim
Serão outros...


E estes sonhos... Estes medos...
Estes dias... Estes céus...
Quais lembranças irão afagar

Silenciosamente, pouco a pouco,
E em algum lugar, aqui dentro de mim...
Eu também, serei outro...

Em meio aos outros... Outro!