Esperar, continuo a esperar... E esta espera me introduz na dinâmica da vida. Esperar que a seu tempo cada coisa ao meu redor encontre o seu rumo. Esperar na trama dos dias o desentrelaçar das coisas que compõem esta atmosfera existencial que me caracteriza no tempo. E se eu não mais esperar, eu não negaria ao corpo e ao espírito algo intrínseco a esfera de sua natureza? Esperar, continuamente esperar, seja na fila do banco ou até no trânsito, pelo que não se fez ou pela receita de cada mês, naquilo que está para nascer ou no novo que quer se estabelecer, e apesar de não darmos conta, esperar até a hora de morrer. No desencadear dos fatos, em um ciclo de feitura que não deixa de crescer, tudo espera por dá continuidade, anseia por prosseguir, numa realidade continua que só termina ao entrever a eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário