Minha identidade não tem carácter temporário, mas sementes de eternidade! (Moysés Azevedo)
Alguém a quem muito estimo escreveu: 'se vires a mim, vagando por aí, peça para eu voltar, diga que estou esperando.'
Como é bom saber que se de mim eu me perder, tenho para onde voltar, tenho raiz, e melhor ainda terei alguém a me mostrar onde eu vou estar. Em cada retorno: um rabisco, uma inspiração, um poema, uma canção... folhas, flores ou frutos, que surge ao querer da estação...
A ela me disponho! Com ela eu vou! Nas raízes da alma, a verdade de quem sou!

Sobre a espera...

Esperar, continuo a esperar... E esta espera me introduz na dinâmica da vida. Esperar que a seu tempo cada coisa ao meu redor encontre o seu rumo. Esperar na trama dos dias o desentrelaçar das coisas que compõem esta atmosfera existencial que me caracteriza no tempo. E se eu não mais esperar, eu não negaria ao corpo e ao espírito algo intrínseco a esfera de sua natureza? Esperar, continuamente esperar, seja na fila do banco ou até no trânsito, pelo que não se fez ou pela receita de cada mês, naquilo que está para nascer ou no novo que quer se estabelecer, e apesar de não darmos conta, esperar até a hora de morrer. No desencadear dos fatos, em um ciclo de feitura que não deixa de crescer, tudo espera por dá continuidade, anseia por prosseguir, numa realidade continua que só termina ao entrever a eternidade.

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