Minha identidade não tem carácter temporário, mas sementes de eternidade! (Moysés Azevedo)
Alguém a quem muito estimo escreveu: 'se vires a mim, vagando por aí, peça para eu voltar, diga que estou esperando.'
Como é bom saber que se de mim eu me perder, tenho para onde voltar, tenho raiz, e melhor ainda terei alguém a me mostrar onde eu vou estar. Em cada retorno: um rabisco, uma inspiração, um poema, uma canção... folhas, flores ou frutos, que surge ao querer da estação...
A ela me disponho! Com ela eu vou! Nas raízes da alma, a verdade de quem sou!

À metade de minha alma

"Só não perde nenhum amigo aquele a quem todos são queridos n’Aquele que nunca perdemos. Disse muito bem quem definiu o amigo como metade da própria alma. Eu tinha de fato a sensação de que nossas duas almas fossem uma em dois corpos. Concluiu Santo Agostinho mencionando Aristóteles.

Estou aqui! Sim! Aqui...
Só pra dizer que estou aí! Aí...
É aí mesmo, bem aí dentro do coração...
Seja na saudade ou na canção,
no aperto que dói no peito
ou na melodia que enternece o coração.

Estou aí! Não aqui! Aí...
No improviso que surpreende a alma ou na liberdade
de quem descobre na prova que ainda se pode amar...
Inspiração! Que flui... Que inspira a ação...
Não se rompe, mas se irrompe
no calor das lembranças que afaga o coração.

Estou aí! Não aqui! Aí...
Onde não existe tempo ou espaço,
Onde tudo se torna uno, num único laço!
Estou aí! Bem aí... Na alegria de não estar só,
de estar presente e crescer em comunhão,
para ser cada vez mais esta outra parte do coração!

À Greice Suziane

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