Nesta terra ainda fresca pela garoa, sob um sol que timidamente traz sua saudação a cada manhã, as raízes da alma paulatinamente descem no Solo, e em silêncio se espalha por ele, no ensejo de sorver o que aqui há de melhor. Ao extrair tão nobre seiva, percebe uma infinidade de sais e minérios que traz força ao cerne. Este, traduz no esplendor das flores, as quais em breve se tornarão frutos, a sublime riqueza que inspira a ação seja em poema ou seja em canção, e que por isso anseia ser mais, e ser mais, é permanecer neste Solo em meio a outras raízes, as quais em seus amplexos me faz descobrir que nasci para este Solo, assim como Ele está aqui para mim. Sim, foi demarcada para mim a melhor terra, e porque neste Solo não estou só, com outras raízes posso haurir da seiva que me faz exultar de alegria em minha herança.
"O Senhor deu-me irmãos..."
(Irmão de Assis, Inácio de Larrañaga)
Garoa, terra umida, sol que nasce tímido, nova manhã, raízes que aprofundam-se silenciosamente, seiva nobre, alimento pro cerne, flores que denotam frutos vindouros - talvez para a próxima estação, talvez outra, talvez haja, mas ainda não se veja - coração mais apaixonado, amor mais provado, mais puro, novo tempo, a certeza de que o lugar da vontade de Deus é cheio de paz e felicidade. Que a certeza de que você nasceu para estar aí, estar para você como esta terra estar aí e como o Amor tem alcançado o seu coração, seja o combustível que te mova, a luz da vela que ilumina o suficiente para o próximo passo e o amor que transborde e transcenda a sua humanidade.
ResponderExcluirVanessa Cristinah
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